Monday, August 07, 2006

Galeria MCO, Arte Contemporânea



Após dois anos de ligação à Galeria 24B, em Oeiras, o meu trabalho é agora representado pela galeria MCO,
localizada na Rua Duque de Palmela, Porto. A partir de Setembro poderão encontrar na galeria imagens das minhas séries «Surfaces», «Stillness» e «Berlim».

www.mcoart.com


Matthias Petrus Schaller




Recomendo vivamente uma visita ao site deste fotógrafo alemão, cujo trabalho tive a felicidade de encontrar numa pesquisa por imagens do fotógrafo Thomas Struth. Um dos trabalhos que me chamou a atenção é uma série de fotografias realizadas nos estúdios de trabalho de outros fotógrafos. Nesta série encontramos imagens do estúdio de Thomas Struth, Thomas Ruff, Lorca diCorcia, entre outros. Aqui temos a rara oportunidade de conhecer algo mais sobre o espaço de trabalho de fotógrafos que admiro e o modo bastante simples e despojado com que as imagens são construídas.
O trabalho de Matthias Petrus Schaller é uma exploração conceptual dos locais de trabalho, sejam eles os estúdios de fotógrafos, escritórios no Vaticano ou gabinetes de arquitectura. A relação entre o espaço e o trabalho realizado é, em alguns casos, bastante evidente na disposição e organização dos objectos e do espaço em si.

www.matthiaspetrusschaller.com

exposição individual de Paulo Catrica em Setembro




Ainda falta algum tempo mas inaugura no dia 20 de Setembro na galeria Carlos Carvalho, em Lisboa, uma exposição individual do fotógrafo Paulo Catrica. Paulo Catrica tem, na minha opinião, um dos percursos mais consistentes e sinceros na prática fotográfica em Portugal. Já tive a oportunidade de ver algumas das imagens que vão ser expostas, daí a minha forte recomendação desta exposição.
Inaugura a 20 de Setembro.

Sunday, August 06, 2006

work in progress: part 01



A minha estadia em Londres tem-me permitido um período bastante extenso de observação e contemplação da paisagem urbana inglesa. Encontro-me a desenvolver uma série que tem como base a exploração visual dessa mesma paisagem, tendo lugar não só em Londres mas também em cidades vizinhas como Brighton.

série «Interior: 2005/2006»





Finalmente dei por concluída a série «Interior» realizada no âmbito do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística.
Todas as imagens foram realizadas dentro da Fundação Calouste Gulbenkian: caves, arquivos, oficinas, lavandaria até aos escritórios da fundação. São imagens simples e despojadas da presença humana mas onde se encontram os sinais não só da sua função como da presença/ocupação dos utilizadores desses espaços. Ainda não sei se este trabalho resultará numa exposição mas
preferencialmente numa pequena publicação com todas as imagens. É um projecto para o futuro...

Algumas imagens desta série (assim como trabalhos dos meus colegas do curso) podem ser consultadas no seguinte endereço:

www.programacriatividade.gulbenkian.pt

Luigi Ghirri



Acabo de regressar de uma viagem de 9 dias por Itália. Milão, Roma e Siena foram as cidades visitadas. Esta viagem foi também uma demanda bibliográfica e fotográfica, tentando encontrar em todas as livrarias que ia descobrindo um livro de um grande fotógrafo italiano: Luigi Ghirri. Após inúmeras tentativas falhadas, comecei a pensar neste livro como um sagrado graal da fotografia: toda a gente o conhecia mas ninguém tinha exemplares disponíveis. Foi em Roma que a minha sorte mudou e encontrei o último exemplar disponível na livraria. Trata-se de uma antologia do trabalho de Ghirri, publicado pela Federico Motta Editore, Milão (2001). Todo o meu esforço foi plenamente recompensado pois trata-se realmente de um corpo de trabalho realmente único e fascinante. Inspirado pelas belíssimas imagens de Ghirri sobre a paisagem italiana, desenvolvi um trabalho novo que espero se torne numa sincera homenagem ao trabalho e sensibilidade deste excelente autor.


Fica aqui um pequeno texto de Ghirri:

O homenzinho à beira do precipício

Desde pequeno, as fotografias de que gostava mais eram as de paisagem, que via nos atlas, entre dois mapas de geografia.

Fascinavam-me muito particularmente as fotografias em que aparecia, inevitavelmente imóvel, um homenzinho esmagado pelas Cataratas do Niagara, montanhas, rochedos ou enormes salgueiros, palmeiras gigantescas ou então à beira de um precipício. Voltava a encontrar este personagem nos postais que representavam lugares mais menos célebres, empoleirado nos monumentos históricos, perdido nas ruínas do Forum romano ou debaixo da Torre de Pisa.

Este homenzinho vivia num estado de perpétua contemplação do mundo e a sua presença nas imagens conferia-lhes uma atracção especial. Era não só o metro padrão das maravilhas representadas, mas também a unidade de medida humana que me restituía o sentimento do espaço; em todo o caso, eu via-o assim, e pensava, por intermédio dele, que compreendia o mundo e o espaço.

Também gostava da ideia de que o fotógrafo nunca estava sozinho nestes lugares, mas que tinha sempre à disposição um amigo ou um conhecido com quem atravessava o mundo, ou o descobria, ou o representava. Nunca consegui ver de facto um, conferir-lhe uma identidade: o homenzinho era sempre um desconhecido para mim, mas acompanhava-me aos lugares mais desconhecidos e mais extraordinários que ele próprio via, contemplava, media.

Quando mais tarde comecei a fotografar, continuei a olhar para fotografias de paisagem, mas nunca mais encontrei o homenzinho. Sucediam-se fundos, cenários e espaços soberbos, mas cada vez mais desertos e mais incompreensíveis, desfazendo-se em pedaços e multiplicando-se de uma forma cada vez mais vertiginosa. Tudo isso me parecia inabitável, mais exactamente, os lugares tinham desaparecido e restavam esplêndidos cenários a preto e branco ou en technicolor, e o homenzinho já não estava lá; tinha-se ido embora, levando consigo a representação dos lugares e deixando-nos o seu simulacro."

Luigi Ghirri
in Paesaggio Italiano, 1989


link fundamental para a discografia Clockwork





Quando pensei em fazer um blog, lembrei-me automaticamente do site do meu amigo João Santos, companheiro dos Clockwork. Neste site estão publicados imensos trabalhos e artigos interessantes. Podem ainda encontrar toda a informação e samples de toda a discografia dos Clockwork. Recomendo vivamente!

www.thegoldenaura.com

a 1ª incursão pelo mundo dos blogs

Assim início o meu blog, ainda incerto dos inúmeros passos a dar. Abra-se o champanhe e dê-se início às celebrações. Depois é altura de trabalho. Saudações a todos os que aqui venham parar.