Thursday, November 30, 2006

Stephen Shore



Quando penso em William Eggleston, há um outro fotógrafo que automaticamente lhe associo: Stephen Shore. São ambos contemporâneos e os seus trabalhos mais significativos foram realizados na década de 70. Eggleston é reconhecido como um dos pioneiros da cor enquanto que Shore é conhecido pelo exploração da paisagem urbana americana fazendo uso de uma máquina de grande formato 8x10. Une-os igualmente a importância da viagem (road trip) para a exploração e construção da sua narrativa fotográfica. Tal como Robert Frank, entre imensos outros, percorreram ambos a América (a enorme extensão do país convida a isso), fazendo registos quer em 35mm quer em grande formato. Stephen Shore editou muito recentemente o seu livro American Surfaces, pela Phaidon Press, sendo a série constituída por imagens que Shore captou com uma máquina de 35mm, período antes de iniciar a sua viagem com a 8x10.

A 2ºa imagem intitula-se «Church and Second Streets, Easton, Pennsylvania», data de 20 de Junho de 1974, e é pessoalmente das imagens mais bonitas que alguma vez vi.

William Eggleston




Um dos meus fotógrafos de referência, William Eggleston, lançou um livro novo intitulado 5x7.
O mesmo já pode ser encomendado pelo site da schaden (www.schaden.com).
Ficam algumas críticas sobre o livro retiradas do mesmo site.

"william eggleston's latest monograph features photographs taken during the early 1970s using a large format 5x7 camera. While the book includes imagery typical of the Eggleston oeuvre­ streetscapes, parked automobiles, portraits of the strange and disenfranchised, ­the book also offers never-before-published photographs taken in the nightclubs Eggleston used to frequent.

With it [his camera and portable strobes] Eggleston could shoot in virtual darkness in the juke joints and clubs around Memphis. The portraits are offhand and spontaneous but insistently stark; their brutality is heightened by the absence of color. The portraits have a leveling effect­whether biker or debutante, the people Eggleston photographed are clearly denizens of the same realm. [He] is reminding us: look closely, each of these individuals is subtly different.
-Walter Hopps

Riveting as the sitters accoutrements are, most compelling is the way in which each person is at once magnificently laid bare and vulnerable. . . . Staring, smiling, grimacing, glowering, these are less portraits of individuals than of the expressions that settle þeetingly on their malleable features. Each face feels stranger and more physically ambivalent than the next.
-Johanna Burtxon, Artforum

página pessoal de Ryan Mcginley


link para o site pessoal: www.ryanmcginley.com

Wednesday, November 29, 2006

Walker Evans


Numa recente pesquisa no ebay sobre livros do walker evans deparei-me com o leilão desta imagem. A fotografia é descrita como «Interior Detail of Portuguese House». Procurei sinais da nossa cultura mas estes não são visíveis. Existe a pequena bandeira americana por detrás do vaso, certamente que uma pequena ironia de Evans. Uma bela imagem de um grande, grande fotógrafo.

Tuesday, November 28, 2006

Monday, November 27, 2006

Ryan McGinley






Na Frieze Art Fair deste ano viu-se menos fotografia e mais pintura. Pelos vistos o mercado tem de se reinventar de forma a continuar a aliciar os coleccionadores. À parte das questões de viragem ou não do mercado, tive a oportunidade de ver trabalhos que só conhecia de livros: imagens de Joel Sternfeld e de Mitch Epstein entre outros. Descobri também um trabalho de um fotógrafo novo de nome Ryan McGinley. As imagens deste fotógrafo remetiam de certa forma para o registo de diário íntimo que associamos a Nan Goldin. Porém, o que distingue o trabalho de Ryan McGinley é a contemporaneidade das suas imagens, pois apesar de manterem o aspecto de snapshots, a imagética remete automaticamente para os tempos e vivências da juventude dos nossos tempos.

A 1ª imagem é a fotografia da instalação do trabalho de Ryan McGinley na galeria Team Gallery durante a Frieze.

Tuesday, November 07, 2006

Muzi Quawson


Recomendo a pesquisa pelo trabalho desta jovem fotógrafa: Muzi Quawson. Vi pela primeira vez as suas imagens na exposição final do Photograpy MA do Royal College of art deste ano. O trabalho apresentado era um slide show em três telas acompanhado pelas vozes de algumas personagens que tinham sido fotografadas. Em alguns momentos o trabalho de Muzi Quawson remetia para os retratos de Nan Goldin, porém há neles uma atmosfera bem diferente, quer pelo uso da luz (a luz em certos estados da América parece mágica, a fazer lembrar as imagens de Eggleston ou mesmo de Stephen Shore) e pelo tratamento da narrativa. O projecto intitula-se «Pull back the shade».

Friday, November 03, 2006

Henry Wessel



Duas imagens bastantes distintas do mesmo fotógrafo. Henry Wessel é um fotógrafo que descobri muito recentemente e graças à imagem a preto e branco em cima. Esta imagem é bastante misteriosa, pois se por um lado parece encenada, por outro parece um instantâneo capturado em milésimos de segundos. Após pesquisar na net, descobri que se trata de um instantâneo que o fotógrafo capturou enquanto passeava e se deparou com este cenário. Quando os pássaros levantaram voo, o fótografo respondeu instintivamente, capturando assim a imagem. Segundo o fotógrafo: «The picture has the effect of a visual zen koan, as if the man's gaze were what suspends the birds in the flight».

Apesar de ser um fotógrafo relativamente desconhecido, Henry Wessel foi uma influência importante na fotografia americana no final dos anos 70.

Num registo diferente, a primeira imagem faz parte de uma série de fotos sobre propriedades imobiliárias para venda, intitulada «Real Estate Photos». Um trabalho que faz lembrar as séries fotográficas de Ed Ruscha, também com uma temática muito semelhante. E que tem bastantes ressonâncias com o meu trabalho novo sobre paisagem urbana...

«The process of photographing is a pleasure: eyes open, receptive, sensing, and at some point, connecting. It's thrilling to be outside your mind, your eyes ahead of your thoughts». Henry Wessel