Thursday, December 14, 2006
Sunday, December 10, 2006
unknown landscapes
Bernd e Hilla Becher
Günther Grass e Gerhard Steidl
Numa entrevista recente que li de Gerhard Steidl, este conta como Günther Grass lhe disse que o contrato que estavam a celebrar tornaria a Steidl numa editora bastante lucrativa, e que a única exigência que lhe fazia era de que parte desse dinheiro fosse investido na publicação de autores menos conhecidos, mesmo que isso significasse um investimento sem grande retorno financeiro.
Assim, talvez seja graças à obra de Günther Grass que a Steidl se pode dar ao luxo de publicar os belíssimos livros de fotografia que encontramos nas livrarias. Os livros não são baratos, mas na minha opinião, valem cada cêntimo que pagamos por eles.
ps: a foto é de Alec Soth.
Saturday, December 09, 2006
Clare Richardson
http://www.steidlville.com/books/186-Harlemville.html
Clare Richardson tem um novo trabalho intitulado Sylvian, que é um dos destaques da revista SEESAW. A consultar no seguinte link:
http://seesawmagazine.com/clare_pages/clare_intro.html
Gerhard Richter «Atlas»
Segue um resumo da série:
Atlas is an ongoing, encyclopedic work composed of approximately 4,000 photographs, reproductions or cut-out details of photographs and illustrations, grouped together on approximately 600 separate panels. The images closely parallel, year by year, the subjects of Richter's paintings, revealing the orderly but open-ended analysis central to his art.
Fica a sugestão para as sempre complicadas compras de Natal!
Monday, December 04, 2006
doze
Thursday, November 30, 2006
Stephen Shore
A 2ºa imagem intitula-se «Church and Second Streets, Easton, Pennsylvania», data de 20 de Junho de 1974, e é pessoalmente das imagens mais bonitas que alguma vez vi.
William Eggleston
O mesmo já pode ser encomendado pelo site da schaden (www.schaden.com).
Ficam algumas críticas sobre o livro retiradas do mesmo site.
"william eggleston's latest monograph features photographs taken during the early 1970s using a large format 5x7 camera. While the book includes imagery typical of the Eggleston oeuvre streetscapes, parked automobiles, portraits of the strange and disenfranchised, the book also offers never-before-published photographs taken in the nightclubs Eggleston used to frequent.
With it [his camera and portable strobes] Eggleston could shoot in virtual darkness in the juke joints and clubs around Memphis. The portraits are offhand and spontaneous but insistently stark; their brutality is heightened by the absence of color. The portraits have a leveling effectwhether biker or debutante, the people Eggleston photographed are clearly denizens of the same realm. [He] is reminding us: look closely, each of these individuals is subtly different.
-Walter Hopps
Riveting as the sitters accoutrements are, most compelling is the way in which each person is at once magnificently laid bare and vulnerable. . . . Staring, smiling, grimacing, glowering, these are less portraits of individuals than of the expressions that settle þeetingly on their malleable features. Each face feels stranger and more physically ambivalent than the next.
-Johanna Burtxon, Artforum
Wednesday, November 29, 2006
Walker Evans
Tuesday, November 28, 2006
Monday, November 27, 2006
Ryan McGinley
A 1ª imagem é a fotografia da instalação do trabalho de Ryan McGinley na galeria Team Gallery durante a Frieze.
Tuesday, November 07, 2006
Muzi Quawson
Friday, November 03, 2006
Henry Wessel
Apesar de ser um fotógrafo relativamente desconhecido, Henry Wessel foi uma influência importante na fotografia americana no final dos anos 70.
Num registo diferente, a primeira imagem faz parte de uma série de fotos sobre propriedades imobiliárias para venda, intitulada «Real Estate Photos». Um trabalho que faz lembrar as séries fotográficas de Ed Ruscha, também com uma temática muito semelhante. E que tem bastantes ressonâncias com o meu trabalho novo sobre paisagem urbana...
«The process of photographing is a pleasure: eyes open, receptive, sensing, and at some point, connecting. It's thrilling to be outside your mind, your eyes ahead of your thoughts». Henry Wessel
Thursday, October 12, 2006
André Cepeda na Galeria Pedro Cera
Uma exposição a não perder.
Friday, October 06, 2006
rafael toral
Rafael Toral é também um dos autores em destaque na revista Wire deste mês.
Mais informações em:
www.rafaeltoral.net
http://www.thewire.co.uk/current/story2.php
Thursday, October 05, 2006
exposição Surfaces na Fuga pela Escada
Thursday, September 28, 2006
The Pond-Moonlight
Sunday, September 24, 2006
«Juventude em Marcha» o novo filme de Pedro Costa
O artigo escrito por James Quandt destaca a forte intensidade do filme, quer em termos de narrativa, quer na sua densa fotografia, referindo que em comparação com o filme de Pedro Costa, todos os restantes filmes em competição eram «pandering and blandishment» (frouxos e auto-lisongeadores)».
Para quem teve a oportunidade de ver os anteriores filmes de Pedro Costa ou a sua excelente exposição na Fundação de Serralves, este reconhecimento não constitui nenhuma surpresa. O cineasta português (nascido em Lisboa em 1958) tem vindo a construir uma importante filmografia, alicerçada num estilo pessoal e cru, que aos poucos tem vindo a ser reconhecido quer pela crítica nacional, quer internacional.
Um filme a não perder, nas poucas salas nacionais onde será exibido!
Tuesday, September 19, 2006
Craigie Horsfield
A exposição de Craigie Horsfield é uma amostra de uma obra complexa e bastante significativa, que abarca um período de 35 anos.
«Figura única e voz habitualmente isolada que descreve uma mudança na concepção da arte recorrendo aos meios mais convencionais e modestos, Horsfield tem, desde os anos 60, vindo a fazer uma série de propostas radicais no sentido de uma comunidade futura. Depois de ter trabalhado como disc-jockey na Europa de Leste durante a década de 70, regressou a Londres na década seguinte, tendo desempenhado um papel importante no processo de transformação da fotografia do final dos anos 80. Durante a década de 90, esteve na vanguarda do desenvolvimento da arte social, projectos colectivos e da centralidade da conversação. Além disso, passou igualmente mais de 30 anos a defender a introdução de trabalhos de som no espaço do museu, o potencial da projecção em ecrãs múltiplos enquanto espaço social, e o papel central do público no entendimento do museu.»
A exposição foi apresentada no Jeu de Paume entre 30 de Janeiro e 30 de Abril de 2006, estará patente no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal de 18 de Julho a 24 de Setembro, 2006 e no Museum of Contemporary Art, Sydney, Austrália de 15 de Março a 3 de Junho de 2007.
A não perder!
Monday, August 07, 2006
Galeria MCO, Arte Contemporânea
Matthias Petrus Schaller
O trabalho de Matthias Petrus Schaller é uma exploração conceptual dos locais de trabalho, sejam eles os estúdios de fotógrafos, escritórios no Vaticano ou gabinetes de arquitectura. A relação entre o espaço e o trabalho realizado é, em alguns casos, bastante evidente na disposição e organização dos objectos e do espaço em si.
www.matthiaspetrusschaller.com
exposição individual de Paulo Catrica em Setembro
Inaugura a 20 de Setembro.
Sunday, August 06, 2006
work in progress: part 01
série «Interior: 2005/2006»
Finalmente dei por concluída a série «Interior» realizada no âmbito do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística.
Todas as imagens foram realizadas dentro da Fundação Calouste Gulbenkian: caves, arquivos, oficinas, lavandaria até aos escritórios da fundação. São imagens simples e despojadas da presença humana mas onde se encontram os sinais não só da sua função como da presença/ocupação dos utilizadores desses espaços. Ainda não sei se este trabalho resultará numa exposição mas preferencialmente numa pequena publicação com todas as imagens. É um projecto para o futuro...
Algumas imagens desta série (assim como trabalhos dos meus colegas do curso) podem ser consultadas no seguinte endereço:
www.programacriatividade.gulbenkian.pt
Luigi Ghirri
Fica aqui um pequeno texto de Ghirri:
O homenzinho à beira do precipício
Desde pequeno, as fotografias de que gostava mais eram as de paisagem, que via nos atlas, entre dois mapas de geografia.
Fascinavam-me muito particularmente as fotografias em que aparecia, inevitavelmente imóvel, um homenzinho esmagado pelas Cataratas do Niagara, montanhas, rochedos ou enormes salgueiros, palmeiras gigantescas ou então à beira de um precipício. Voltava a encontrar este personagem nos postais que representavam lugares mais menos célebres, empoleirado nos monumentos históricos, perdido nas ruínas do Forum romano ou debaixo da Torre de Pisa.
Este homenzinho vivia num estado de perpétua contemplação do mundo e a sua presença nas imagens conferia-lhes uma atracção especial. Era não só o metro padrão das maravilhas representadas, mas também a unidade de medida humana que me restituía o sentimento do espaço; em todo o caso, eu via-o assim, e pensava, por intermédio dele, que compreendia o mundo e o espaço.
Também gostava da ideia de que o fotógrafo nunca estava sozinho nestes lugares, mas que tinha sempre à disposição um amigo ou um conhecido com quem atravessava o mundo, ou o descobria, ou o representava. Nunca consegui ver de facto um, conferir-lhe uma identidade: o homenzinho era sempre um desconhecido para mim, mas acompanhava-me aos lugares mais desconhecidos e mais extraordinários que ele próprio via, contemplava, media.
Quando mais tarde comecei a fotografar, continuei a olhar para fotografias de paisagem, mas nunca mais encontrei o homenzinho. Sucediam-se fundos, cenários e espaços soberbos, mas cada vez mais desertos e mais incompreensíveis, desfazendo-se em pedaços e multiplicando-se de uma forma cada vez mais vertiginosa. Tudo isso me parecia inabitável, mais exactamente, os lugares tinham desaparecido e restavam esplêndidos cenários a preto e branco ou en technicolor, e o homenzinho já não estava lá; tinha-se ido embora, levando consigo a representação dos lugares e deixando-nos o seu simulacro."
Luigi Ghirri in Paesaggio Italiano, 1989
link fundamental para a discografia Clockwork
www.thegoldenaura.com