Ontem fui ver um excelente concerto dos Liars. O novo álbum deles (recomendo vivamente) tem uma fotografia que eu considero muito pertinente para quem conhece os concertos desta banda. É uma imagem bastante simples e ao mesmo tempo enigmática. Existem na imagem elementos (referentes) suficientes para se perceber não só o contexto em que a imagem é produzida mas também a filosofia da banda e o tipo de som que os Liars produzem. De certa forma, esta imagem faz-me lembrar algo do eggleston e do robert frank, mas talvez seja eu a divagar. Mais para frente, a razão deste post fará mais sentido. Deixo o link para o site da banda.
Na "luta" entre o digital vs. analógico, tenho que admitir que mudar rolos de médio-formato (120) no meio do público durante um concerto é uma tarefa mais complicada do que a dos fotógrafos equipados com máquinas digitais à minha volta. Porém, quando os vi a editar as imagens (entenda-se: delete) em pleno concerto, já não fiquei com tantas certezas.
2 comments:
Caro Carlos, não há verdadeiramente luta entre o digital e o analógico, pois este último já é um nicho de mercado com as suas aplicações próprias. Se tivesse de entregar as imagens a um cliente logo após o concerto utilizaria rolo 120 ?
Apagar fotos durante um concerto não é coisa que me agrade, apenas o faço quando tenho espaço limitado no cartão. A edição deve ser feita num segundo tempo, mas mesmo assim é preciso um olho treinado para escolher depressa e bem (nos casos em que as imagens devem estar nos media no dia seguinte).
Luta entre digital e analógico é obviamente uma forma de expressão pois tal discussão não faz sentido. Cada fotógrafo deve utilizar as ferramentas que ache mais apropriadas ao seu trabalho e como tal, discutir se um meio é melhor ou pior que outro é bastante relativo. Apenas referi esse episódio como exemplo de como os meus processos de trabalho ainda se servem de meios analógicos (filme)e das dificuldades que este meio por vezes implicam.
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